40 participantes revisitaram a história e a arquitetura de duas Estações que são marcos de Lisboa, na forma como se cruzam com a evolução urbana e social da cidade.
A Infraestruturas de Portugal (IP), através da IP Património, e a CP – Comboios de Portugal associaram-se à edição de 2025 da semana “Cultura no Chiado”, promovida pelo Centro Nacional de Cultura, para dar a conhecer duas estações ferroviárias que fazem parte da memória e identidade de Lisboa: Rossio e Cais do Sodré.
As visitas, realizadas no fim de semana de 11 e 12 de outubro, reuniram cerca de 40 participantes e permitiram revisitar a história e a arquitetura de duas icónicas infraestruturas da cidade, sublinhando a forma como se cruzam com a evolução urbana e social da capital. Os participantes tiveram a oportunidade de testemunhar a valorização de ambos os edifícios, classificados como Imóvel de Interesse Público, e de observar detalhes muitas vezes despercebidos no quotidiano apressado de quem por ali passa diariamente.
A Estação do Cais do Sodré, inaugurada em agosto de 1928 e assinada pelo arquiteto Porfírio Pardal Monteiro, reflete o espírito de modernização do início do século XX. Foi nesta altura que a Linha de Cascais foi eletrificada e introduzidas novas soluções técnicas, como a frenagem e engatagem automáticas, que marcaram uma viragem na exploração ferroviária portuguesa.
Já a Estação do Rossio, com 135 anos de história, mantém-se como um símbolo de modernidade e inovação. Inaugurada em junho de 1890 e projetada pelo arquiteto José Luís Monteiro, é considerada uma das maiores obras de engenharia do século XIX em Portugal. Localizada no coração da cidade, foi durante décadas o principal terminal ferroviário de Lisboa, ligando a capital à Linha de Sintra e ao resto do país através do emblemático Túnel do Rossio.
Ao valorizar e preservar o património ferroviário, a Infraestruturas de Portugal contribui para manter viva a história do caminho de ferro em Portugal, um modo de transporte que, ao longo de 169 anos, tem desempenhado um papel essencial na mobilidade e coesão territorial, afirmando-se também como um pilar de um futuro mais sustentável.